O Brasil, hoje, vivencia seu melhor momento em relação à efetivação de políticas raciais. Não seria exagero afirmar que “nunca na história desse país” se investiu tanto em políticas de ações afirmativas: o PROUNI, as cotas nas Universidades, o atendimento às comunidades quilombolas e indígenas, a criação do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial e a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial são marcas de um momento histórico marcado por ações voltadas às demandas da população negra brasileira.
O presidente Lula ao repassar o cargo para a presidente Dilma, entregou um governo cuja orientação política é a do respeito às diferenças mas que necessita, ainda, de grandes avanços.
A população negra ainda amarga os piores índices sociais. A miséria e a fome estão presentes nas populações mais negras desse país. De acordo com o IBGE, nas regiões mais pobres a população negra corresponde a maioria, ou seja, quanto mais negra é a região mais enfrenta as piores condições de vida.
Diante disso, é importante ressaltar que os órgãos públicos representam um caminho eficaz na efetivação de políticas capazes de construir saídas viáveis para que o povo negro não vivencie mais as condições atuais de vida.
É nessa perspectiva que se situa a Fundação Cultural Palmares, criada em 1988, ano de centenário da abolição da escravatura, a partir das intervenções do Movimento Social Negro.
Em Alagoas, as políticas de reparação ao povo negro são urgentes. É necessário dar celeridade em todas as áreas sociais. E portanto, a existência da Representação da Fundação Palmares é, sem dúvida, um instrumento que deve contribuir com políticas de ascensão do povo negro alagoano. E, considerando esse aspecto, as organizações e instituições abaixo relacionadas manifestam seu apoio à indicação do sociólogo Carlos Martins para assumir a chefia da Representação da Fundação Cultural Palmares em Alagoas, por entender que se faz necessário avançar positivamente nas ações da Fundação Palmares em Alagoas.
Carlos Martins é negro. Militante do movimento social negro há 17 anos, deu importante contribuição ao processo de aprovação do Programa de Ações Afirmativas na Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e à criação do Núcleo de Estudos Sobre a Violência em Alagoas (NEVIAL) onde criou o grupo de estudos sobre violência e etnicidade. Teve atuação importante como Assessor Político na extinta Secretaria de Defesa e Proteção das Minorias, contribuindo efetivamente na implementação de políticas de atendimento à população discriminada. Atuou como Técnico no então Departamento de Ensino da Secretaria de Estado da Educação. Foi Assessor Técnico de Governo no fundo de Microcrédito de Alagoas, onde contribuiu no desenvolvimento de projetos e apoio a ações de valorização da Semana da Cultura Africana, culinária afro-brasileira e da cultura negra em geral. Como professor da Educação de Jovens e Adultos (EJA), lecionou as disciplinas de História, Geografia e Educação e Trabalho em escolas da rede municipal de ensino.
Foi produtor cultural na Pró-Reitoria Estudantil da Universidade Federal de Alagoas, contribuindo na concepção e efetivação do Programa “UFAL em Defesa da Vida”, em suas 8 edições. Coordenou atividades culturais na Tenda da Cultura Estudantil. Atuou na coordenação do Projeto “Aqui(n)ta Cultural” onde fomentava apresentações de música, dança e teatro. Também deu importante contribuição na elaboração dos editais que fundamentaram os Programas de Publicação Estudantil, Concursos de fotografia, Concurso de artigos e o Programa Vivência de Arte, os quais tinham como objetivo principal a valorização e a disseminação, no meio acadêmico, da dança afro e da capoeira, entre outras expressões culturais.
Coordenou diversas atividades voltadas à valorização da cultura negra e debates sobre as relações étnicorracias, além de ter participação decisiva na organização das duas edições do Festival de Música de UFAL (FEMUFAL - 2009 e 2010). As duas edições do FEMUFAL valorizaram a musicalidade negra com a participação do Hip Hop, o Reggae e o Soul.
Como militante do Movimento Negro tem contribuído efetivamente com a luta pela implementação das políticas de promoção da igualdade racial e pela eliminação do racismo, além de atuar no processo de enriquecimento intelectual dos demais militantes através de palestras, debates e cursos de formação nos quais participa como palestrante/debatedor/formador.
Tem se destacado como intelectual negro e pesquisador do processo de Correlações de Forças entre o Estado e o Movimento Social Negro em Alagoas e no Brasil, pesquisa que lhe deu notório reconhecimento pelo Movimento Negro em Alagoas.
Participou da formação de entidades importantes como o Centro de Formação e Estudos Étnicos - Mocambo Anajô.
TAMBÉM ATUOU NA ORGANIZAÇÃO DOS SEGUINTES EVENTOS:
O Negro na Universidade: O Direito à Inclusão
UFAL Comemora 100 Anos do dia Internacional da Mulher: Um Olhar para as Várias Manifestações da Violência
Semana 30 anos de Anistia da Universidade Federal de Alagoas
O Negro no Mercado de Trabalho
DENTRE AS DIVERSAS PALESTRAS QUE PROFERIU, PODEM-SE DESTACAR OS SEGUINTES EVENTOS:
Encontro de Formação do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô
Conferências Municipais de Juventude
II Simpósio Alagoano de Ciências Sociais
I Encontro Macro Regional dos Estudantes do Programa Brasil Afroatitude
ÁREA DE FORMAÇÃO:
Carlos Martins é bacharel em Ciências Sociais com habilitação em Sociologia, Ciência Política e Antropologia, formado na Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e atualmente cursa Epecialização em Gestão Pública Municipal UFAL.
Dessa forma, e em reconhecimento a toda contribuição dada à causa negra em Alagoas, as instituições abaixo relacionadas vêm através deste Manifesto indicar o Sociólogo, Carlos Martins, para ocupar a função de chefe do escritório da Representação da Fundação Cultural Palmares em Alagoas:
1. Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
2. Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL)
3. Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFAL
4. Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UNEAL
5. Grupo União Espírita Santa Bárbara (GUESB)
6. Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnicorracial
7. Grupo de Capoeira Angola Quilombola Arte É Cultura
8. Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (COJIRA) do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas
9. Centro Cultural Manoel Lisboa (CCML)
10. Núcleo de Cultura Afro Brasileira IYO OGUN-TÉ
11. Instituto de Pesquisas Étnicas (IPE)
12. Pastoral da Negritude da Igreja Batista
13. Orquestra de Tambores de Alagoas
14. Projeto Vem Para a Roda Você Também
15. Cia. de Teatro Muro Imaginário
16. Projeto Universidade Fazendo Arte
17. Projeto de Dança Afro
18. Comunidade de Estudantes Africanos da UFAL
19. Associação Cultural e Esportiva Quilombola (ACEQ)
20. Núcleo de Apoio e Desenvolvimento da Capoeira em Alagoas
21. Centro de Cultura e Estudos Étnicos ANAJÔ (Entidade vinculada aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil - APNs)
22. Irmandade das Gerações Brasileiras (IGB)
23. Projeto Cine Olho Vivo
Nenhum comentário:
Postar um comentário